sábado, 10 de agosto de 2013

Canção do Exílio - Turma 110

A partir de um exercício em sala de aula sobre intertextualidade e interdiscursividade, os alunos da turma 110 criaram poemas relacionados ao de Gonçalves Dias. Chama a atenção que os textos - lindos - que seguem abaixo foram elaborados no período de duas aulas - ou seja, no máximo 90 minutos - e o que mais me impressionou, como professora, foi a "negativa", primeira e de mais fácil resposta: "eu não sei fazer poemas"... Bom, após alguma insistência, aqui está parte do resultado final. Há ainda, aqueles que não quiseram publicar, ou porque "ah, o meu não está publicável", ou seja, eu sei que poderia fazer melhor, ou por vergonha de expor sua arte literária... 

A princípio, encaminho apenas o nome dos autores, relacionados às suas criações. Posteriormente, e com autorização, colocarei fotos suas ao lado no texto.

Senhores, vamos nos deliciar:

Caputi Irapuru
Marcelo e Wheyder

Minha terra tem guerreira
Irapuru mora bem aqui
Mas também tem guerreiro forte
Esse é o Caputi

Juntos tiveram uma filha
E dela hão de cuidar
Proteger bem dos perigos
Para ela não se machucar

Esta é uma linda história
De Caputi e Irapuru.
Eu sei que eles serão felizes
Debaixo desse céu azul

Grêmio
Daniel Rocha Benito

Na minha terra tem o Grêmio
Nós sentimos falta.
Falta de algum prêmio.
Mas este ano
Um tal de Elano
À Libertadores, nos levará
Pois neste time, o Renato também está.

Ano que vem, à Libertadores voltaremos
Com a raça que Renato implementará
A taça para a torcida traremos
Os adversários já podem se desesperar
Pois o Grêmio virá para ganhar.


A terra
Fernando Mendonça

Em uma terra distante
Tem terra de mente
São montanhas de terra
Que o vento desloca
O chão vira teto
No movimento do deserto.

Checkmate
Gustavo Junior

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
Minha terra e maneira
E eu era de lá

Minha terra tem mais estrelas
Onde dorme o sabiá
Minha terra é maneira
Mas bah! Que saudade de lá.

As coisas apertaram
Tive que me arrancar
Drogas não paguei,
E vieram me cobrar

Morri por dentro
Quando fugi de lá
Até voltaria
Se não fossem, de novo, me matar!

 Canção do exílio
Alexsandra De Los Santos

Minha terra tem roseiras
Lindas como sabiás
Não são grandes como as palmeiras
Mas lindas de se olhar

Mesmo sendo modesta
Os sabiás gostam da brincadeira
Acham as rosas perfeitas
Como quando cantam nas palmeiras

Minha terra tem roseiras
Que recebem os sabiás
Mas acabam na canseira
E acabam voltando para lá.

O sabiá
Etiene Wonglon

Minha terra tem gente
Que canta igual a sabiá
Minha terra é tão impressionante
Que tem gente querendo vir pra cá

Minha terra tem gente
Que acorda cedinho
As pessoas são carentes
De amor e carinho.

O sabiá que tanto canta
Alegra as pessoas por um momento
...o sabiá encanta
Mas depois vai embora e vira um tormento.

Sou do Sul
Pedro Neto

Na minha terra tem o céu azul
Onde o pasto é verde todo ano
Clima legal e com vento Minuano
A minha terra é o Rio Grande do Sul

Não agüento mais pessoas novas
Não agüento mais ser um estranho
Agora tenho a certeza
A certeza que na minha terra não sou mais um

Mnha terra não é perfeita,
Mas sinto falta de lá!
Na minha terra, sou eu mesmo
Aqui, passo por estranho só por dizer “bah!”

Sem título
Andriw Marques

Minha terra tem rumores
Mas também belos amores
Nessa terra que muito andei
Muito amor vivenciei

Desta terra tenho medo
E com tudo um prestigio
De ficar com um desejo
E acabar ficando ferido

Da minha vida o sentido faz parte
Sendo tristeza ou felicidade
Enfrentamos tudo de cabeça erguida
Ou na cara o mundo nos bate.

Poluição
Jadir

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
Mas um dia ele não cantará
Porque a terra há de acabar.

Mas ele há de cantar
Para a poluição acabar
Os esgotos limpar
E terra purificar;

Mas ele ainda há de cantar
Do que adianta a terra purifica
Se os seus habitantes
Continuam a estragar

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
Aos habitantes ensinando
A terra preservar.

Sem título
Nicolas Oliveira

Dá um peguinha para a vovó ficar calminha
E uma coça de sua mãe irá levar
E se não quiser apanhar e na boa ficar
É só parar

Juntos, o Bob vamos escutar
Mas vamos parar com a santa erva
Para não nos alcançar

Uma mensagem em sua vida
O homem dos dred’s quis nos passar
Que o mal não irá nos tapear.

A lenda
Gabriel Barros

Vou
Me esforçar
Sei que ainda terei que me esforçar
Pois ainda tenho esperança
De realizar um sonho antigo de criança
Para isso vou treinar
Pois
Em algum time quero jogar
E o prêmio de melhor do mundo conquistar
Ao meu lado vão querer estar
Mas apenas os de confiança vou deixar
Se aproximar
Para quando velho
Uma penda me tornar. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Apresentação

      Este é um espaço para os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental, adoradores da escrita, postarem suas ideias. Serão apresentados, aqui, textos produzidos ou não em sala de aula, claro com autorização e autoria identificadas. Sobre textos entendo escrita, desenho, filmagens, fotografias, enfim, todo e qualquer modo de comunicação que os autores aqui escolherem. 

      Conversando com meus alunos do Ensino Médio, deste ano (2013), surgiram vários interesses em participar deste blog. Utilizo aqui um texto de Thaiana Porto, da turma 110, para iniciar a pensar a escrita e leitura na escola:

      "Depois que passei para o Ensino Médio, consegui ver com outros olhos a importância do estudo. O quanto é bom fazer um trabalho bem elaborado, uma prova e ver o quanto eu dominava aquele assunto . Estudar não é como as pessoas falam, um tédio. Então não importa com qual idade você chegará no ENSINO MÉDIO, não desista!

    Plante o CONHECIMENTO e colha o SUCESSO!"